Acessibilidade, doação de materiais e parcerias com ONGs se intensificam na última década, especialmente a partir da pandemia
Os pilares de responsabilidade social e diversidade e inclusão da CASACOR se fortaleceram ao longo dos últimos anos. Desde 2016, o evento é 100% acessível para cadeirantes e pessoas com mobilidade reduzida, tendo conquistado em 2023 e 2024 o Selo de Acessibilidade , certificação concedida pela Prefeitura de São Paulo via Comissão Permanente de Acessibilidade (CPA) a equipamentos públicos ou privados que garantam acessibilidade para pessoas com deficiência e mobilidade reduzida. A certificação resulta do empenho da CASACOR em implementar medidas focadas no cumprimento das normas técnicas e no desenho universal.
Além disso, desde 2021 o evento vem ampliando a democratização ao permitir a visitação gratuita de alguns de seus ambientes. Em 2024, por exemplo, 17 espaços puderam ser conhecidos sem a necessidade da compra do ingresso . Na mesma linha, visitas acessíveis e gratuitas de estudantes também são incentivadas. Em 2023, mais de 1600 alunos das Escolas Técnicas de São Paulo (ETECs) estiveram na mostra para conhecer as tendências e novidades do setor da arquitetura, design de interiores e paisagismo. Em 2024, recebemos quase 2000 alunos.
A praça Tekohá, assinada pelo paisagista Luciano Zanardo, foi um dos ambientes com visitação gratuita em 2024.
A partir de 2018, a doação de materiais nobres com potencial de reutilização – que já acontecia informalmente há muitas edições – passou a ser uma prática constante e monitorada, totalizando mais de 350 toneladas doadas até 2024, realizadas com base nas Políticas de Doação e Anticorrupção do Grupo Abril. “Tudo é documentado e rastreado para integrar a documentação que enviamos ao Instituto Lixo Zero Brasil, certificador da nossa gestão de resíduos”, explica Darlan Firmato, diretor de operações da CASACOR São Paulo. Por isso, o acompanhamento da equipe durante a desmontagem é total. Em 2024, doamos 43 toneladas de materiais de contrução: revestimentos de piso e parede, marcenarias, louças e outros itens que ganham novo uso em lugares onde fazem a diferença na vida de muitas pessoas.
Equipe da CASACOR São Paulo 2024 acompanha a separação de materiais para doação durante a desmontagem.
Em 2020, quando não foi possível realizar a mostra em seu formato tradicional por causa das restrições impostas pela pandemia, o projeto Janelas CASACOR apresentou 25 projetos espalhados em contêineres-vitrine em diferentes pontos da capital paulista. Ao final da exposição, quatro deles foram reutilizados e ganharam novo propósito: gerar impacto social positivo.
A proposta de Gustavo Neves para para o Janelas CASACOR São Paulo 2020 abriga hoje um espaço educativo e cultural na Cidade Tiradentes.
Um deles, na Cidade Tiradentes, extremo Leste de São Paulo, abriga o Ateliê Sukha , que realiza oficinas de técnicas manuais, gravações de podcasts e clipes, ensaios fotográficos e exposições. No Jardim Colombo, zona Sul, uma das estruturas funciona hoje como um Ecoponto de coleta de materiais recicláveis, em colaboração com o Projeto Coletando. Na Brasilândia, zona Norte, um dos contêineres virou espaço para oficinas gastronômicas e cursos de culinária, com uma Cozinha Comunitária de Alimentação Saudável. Por último, na Vila Andrade, foi criada uma biblioteca para as 630 crianças atendidas pela ONG AMIS (Associação Morumbi de Integração Social).
A proposta de Gustavo Neves para para o Janelas CASACOR São Paulo 2020 abriga hoje um espaço educativo e cultural na Cidade Tiradentes.